domingo, 27 de dezembro de 2009

tontices


Contributos para a língua portuguesa:

Pedi um copo e não uma Rargafa!

Enquanto isso, a criatura ao lado repetia, concentrada: Trreccqutercv! Trrreccquetercv! Chaca, laca, chaca, laca! Xuuu! Ok! Rela cama! A falacá! Calacalacabudi. shublá! Checaleca.

Hama, tchulibai!Batá!

(precisam de descanso...!)

Mãozinhas!!!


Seis mãos encontraram-se esta noite. Duas grandes. Quatro mais pequenas.
As pequenas vieram dormir com as grandes. Primeiro foram jantar com mais mãos amigas.
Mãos com sorrisos grandes. Mãos que se dão em nome da amizade.
Mãos que brincaram. Mãos que desenharam. Mãos que gostaram de jogar. Mãos de pessoas doentes (hehehe...) e nervosas.
As seis mãos voltaram para casa. Encontraram-se no teclado e começaram a conversar.
Um par de mãos pequenas tecla as horas desta noite. Outro joga com a sua nintendo, enquanto fala sozinho. O terceiro par, o das mãos grandes, faz torradas e barra-as de manteiga. As mãos pegam nas torradas já prontas. Levam-nas à boca que as saboreia lentamente, só para tardarem em ir para a cama!
Mas nós não temos sono e queremos mais torradas!
E lá foram as mãos grandes fazer mais torradinhas! (as que as mãos grandes disseram que eram as últimas, por hoje...)
As mãos pararam de teclar e o ar encheu-se do som das torradas trituradas na boca.
Rápido! Caminha!
E lá foram as mãos, cabisbaixas, lacar os dentes.
Lacar?! Lavar!
Ok! Enganei-me! Estou a escrever só com uma mão, na outra tenho a torrada!!! Ok?!
Ok!
Cama!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

do Natal

Estou entre um misto de ternura, paz e saudade.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

porque te trago dentro



Com cuidado, venho dar-te um beijo. De olhos fechados, sinto os meus lábios no teu rosto. A pele marcada pela idade que a Vida considerou bastar, sem nos pedir opinião. O teu sorriso a entrar-me nos olhos. O coração a aquecer. As saudades a encherem-se de sal. Desculpa, mas sabes melhor do que eu como é inevitável. Tu que atravessaste oceanos, ultrapassaste tempestades, choraste perdas e percorreste os caminhos necessários, em busca de um lugar onde pudéssemos estar bem, juntos. Sabes do que falo. Fecho os olhos. Não quero lembrar-me do que fez doer. Só quero sentir os meus lábios no teu rosto e o teu braço sobre os meus ombros. É por isso que me aproximo. Porque o teu calor continuará a aquecer-me o peito. Porque, diante de ti, continuarei a ser pequena (a tua). Porque a tua presença permanecerá em mim. Porque o tempo não tem capacidade para a silenciar. Porque acontece sempre isto com as pessoas grandes. Os meus lábios no teu rosto. O teu sorriso a encher-me. Eu, cativa por um segundo, num abraço da eternidade.

Madrugada


Passava pouco da 1.30 da madrugada. É 5ª feira. Dia útil, portanto. Nada de álcool. Sentadinha, na cozinha, a trabalhar ao computador, oiço e vejo (!) o frigorífico a estremecer. Primeiro pensamento: "Raio da gata que já lá está em cima!". Sai daí, M! Oiço-a miar e dou conta que está junto aos meus pés. Levanto-me, porque só podia ser o J., entalado atrás do dito electrodoméstico, sem conseguir sair. Achei que me tinha levantado demasiado depressa, porque me desequilibrei e a idade não perdoa (essa p.......!!!). Afastei rapidamente o frigorífico e vi que o J., afinal, estava encostado à amiga. Miavam. Felizmente, "consegui acalmar" o frigorífico. Os tremores passaram e ainda me ocorreu que tivesse sido um sismo, mas rapidamente achei que o melhor é deixar-me de excessos.... Hoje o mano diz-me que houve realmente um sismo e pergunta-me se o senti. Confesso que fiquei aliviada. Afinal não foi da idade. As pernas ainda não estão trémulas. Reúno alguma agilidade.


(há pouco, na sala, reparei que havia molduras e cacarecos caídos.... Nenhum dos últimos se partiu, infelizmente). A primeira prenda deste Natal também se manteve firme!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

estar


Sábado foi dia de estar com gente querida. Foi dia de passar a tarde na Praça, alheia ao frio que, ainda assim, não foi suficiente para arrefecer a alegria de vos ver. Sábado foi dia de encontrar rostos sem hora marcada. E, depois, a noite. O propósito de percorrer a serra e festejar a vida que se quer a multiplicar. A tua. (não vamos comentar a idade...) Deixar o coração derreter enquanto observo as gracinhas do dono do Sorriso Bonito. Rir, conversar, deixar que nos sacudam os ossos... (O álcool explica muita coisa...) Fazer parte dum grupo de gente graúda concentrada na "Aventura dos Vegetais"... Comentar a interpretação dos vegetais. Apreciar o entusiasmo que o enredo provocou.
Respirar o frio de uma serra que para mim é quente. Partir... para vos voltar a ver na tarde desse dia e perceber que, desde cedo, se nota que há pessoas que apreciam ter motorista, por mais tenra que seja a idade.
E, depois, ficar assim, com vontade de vos encontrar outra vez a todos, enquanto caminho para sul. Aqui ou aí. Não importa.

sábado, 12 de dezembro de 2009

ASA



e foi isto...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

diz que é do brilho

o sono tardava e enquanto preenchia os minutos lá a vi "disponível". conversa aqui, conversa acolá, (primeiro as lamentações) e lá vem ela, outra vez, falar dos animaizinhos que são isto e aquilo. depois deu-lhe para a geomorfologia: as placas tectónicas, os abalos sísmicos e por aí fora. há pessoas assim. à noite dão asas à imaginação e é vê-las divagar na esfera da ciência.
Do what?