sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SUL


Em direcção ao Sul. A cabeça cheia, num permanente turbilhão de pensamentos, raciocínios e análises. A maquinaria neurológica a equacionar o que não pode ser equacionado, à medida que percorro os quilómetros que me levam ao sul. Vozes que se levantam e tentam, sem sucesso, calar o coração, naquele dia um bocadinho mais sensível do que é habitual. Dia mau para ir ou ficar. Dia que se queria verdadeiramente quente como a estação.


A noite cai. Entro na cidade. Permanece igual: as casas, os telhados de quatro águas, o jardim, as ruas preenchidas com os passos tranquilos de gente que brinda às noites quentes. O rio, no fiel compasso das marés, está agora cheio. Ao fundo, já na ria, as águas parecem misturar-se com o céu. As noites têm sido perfeitas.


Amanhece. O calor do sul estala nas paredes e o mar chama. Mergulhar é a palavra de ordem. Lentamente, a cabeça começa a serenar. Não se esvazia. (Seria preciso que o "meu" sul se fechasse no Verão só para mim). Toco na areia, enquanto o sal ainda me refresca a pele. Sobre mim, um céu. Enorme.


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pausa


Foi um mimo que me entreguei. Uma necessidade premente. Absoluta. Inadiável. A evasão, debaixo de um céu a que nenhum outro se consegue igualar, seja noite ou dia. O Alentejo é assim. Terra quente, de amarelo a arder. Em cima, o azul riscado, aqui e ali, com linhas brancas. Um silêncio doce e o corpo entregue à agua, indiferente às vozes. Uma espécie de descanso do guerreiro. A cal, num sereno acolhimento. Mergulho.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

É oficial...


o Alentejo é mágico (e eu precisava mesmo de parar).