sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Para sempre criança diante dos teus olhos

Nesta altura terias já tentado descortinar o meu desejo de prenda de anos. Nesta altura estarias a pedir aos meus irmãos sugestões para esta filha tão exigente. Exigente e possivelmente aborrecida por deixares para o fim a compra do meu presente. [não fomos sempre os dois assim? Ou todos. Talvez a Mãe não.] E também indecisa, na escolha do melhor presente para me ofereceres. Como se fosse uma criança. Desculpa, eu sei, foi um lapso, é mais correcto assim: "como a criança que sempre fui, porque sempre permitiste que o fosse". E é isto que te agradeço, do mais fundo de mim: a possibilidade de poder ter sido sempre criança diante dos teus olhos!

(e agora, deixa-me fechar os olhos e aninhar-me contigo no sofá da sala e ouvir-te dizer: "ó filhota...")