domingo, 30 de novembro de 2008

outro dia

pesam-nos as decisões a tomar e pesam-nos as decisões dos outros. temem-se as mudanças. e entre um sabor amargo e o retormar do combate, agarramo-nos a restos de doçura, para suavizar a desilusão. as dúvidas dissipam-se num minuto, sem preparação, e fica a certeza de ter de continuar em frente. pesam-nos os dias iguais de cansaço. pesam-nos continuar a procurar. e seguir. em busca de outro caminho.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

sem nome









ir não ir para onde porquê sem querer seguir olhar para trás só um pouquinho e lembrar sem deixar de andar e continuar porque tem de ser e a vida empurra ir não ir para onde porquê só a vida sabe ou talvez nem ela e segue-se assim hesitante nos passos sem saber e por vezes sem querer e o desejo de chegar a um qualquer lugar onde haja sombra e calor e se for possível um lugar para sentar.

Paris


Na falta de uma viagem partilhada, a noite de sábado levou-me até Paris. Sem aviões, sem passagens. Bastou-me entrar no King - o que eu adoro o King - pela mão de Cédric Klapisch. O filme permite-nos descobrir a cidade por uma janela, pelos olhares das personagens, construídas a partir de cada um de nós. Ruas. Sons. Obras. As mudanças, na paisagem e na vida. Praças. Cafés. Varandas. Os gestos que se fazem em qualquer parte do mundo. Os desejos. O olhar sobre as coisas. Sobre os rostos. Sobre a cidade. A vida a despedir-se, enquanto fotografamos tudo com o olhar.

Fica aqui um cheirinho...


sábado, 22 de novembro de 2008

sem licença. com surpresa.


"Quando te sentires perdida
Fecha os olhos e sorri.
Não tenhas medo da vida
Que a vida vive por si!"
António Gedeão

é assim mesmo. um repente. sem licença. com surpresa. um acordar assustado. o coração a saltar e a cabeça a mil para resolver um imprevisto que não podia acontecer. alguns minutos e telefonemas depois, a solução. depois, claro, o trabalho... que esse não cansa de se fazer sentir, quando existe. e o envelope à entrada, a recordar-me o enredo, a trama que não se resolve e só parece complicar-se. não o abri. não queria tocar hoje nesse emaranhado de linhas. mergulhei em fichas, planos de aulas, às quais talvez nem venha a faltar. hoje até houve produtividade. [chiuuu! é de espantar, mas nada de euforias...] com o corpo entorpecido [os computadores e secretárias deviam trazer uns pedais!], levanto-me e lá me cruzo, outra vez, com o envelope. abro-o, como quem tem a certeza que está a abrir a caixa de Pandora, tiro a papelada e reconheço os termos legais e os prazos. recordo os dias sem cor, as pressões, o estômago às voltas e as lágrimas travadas. um envelope a mais despertou-me a curiosidade. e foi assim. sem licença. com surpresa. as palavras doces. uma ilustração terna. ambas suspensas num papel cuidadosamente cortado [não por uma guilhotina partida inadvertidamente ;)]. imagino as mãos de quem colou este puzzle: palavras dali, desenho dacolá. e tudo para mim! Hoje, apesar do despertar atribulado, soube a doce de abóbora com requeijão receber este presente! Obrigada!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ironia Estúpida


Vinha no caminho, quando, de repente, entras no carro. Não sei bem onde ou se te sentaste. A ansiedade não me deixou esperar. Fiquei fixada nos teus olhos. Entardecia. E cá dentro também. [Entardecer. Esta palavra dói-me.] Pisca. Mudar de faixa. É mais seguro. Não vejo nada. [E, lá fora, nem chove.] Só mesmo o teu rosto. E então, tive vontade de não contornar a rotunda toda. Apeteceu-me seguir em frente e entrar no edifício rosa. Esse, que tanto odiei. Atravessar a multidão barulhenta, que me irritava. Subir as escadas frias e ir ter contigo. Dizer o teu nome. [Há tanto tempo que não o digo. É só um nome. Mas faz-me falta dizer o Teu nome.] Só para te ver. Só para saber que Continuas. Só para te beijar. Só para Estarmos. E fazer aquela pergunta-pedido, idiota e desesperada: Hoje estás um bocadinho melhor? Egoísmo puro. Eu sei.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Aconchego



Chegar aqui. Ficar. Encolhida, só a sentir algum conforto. Deixar cair. Encostar a cabeça. Libertar as preocupações e o sal. Sem querer saber de limites, se's, subterfúgios. Deixar ir o que não deve ficar. Fechar os olhos e quase sentir o Vosso colo.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Frio

O que me apetecia estar em frente a este lume...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

just it


transparências VI


Hoje apetecia-me imenso que o telefone tocasse e, do outro lado, pudesse ouvir a tua voz...

domingo, 2 de novembro de 2008

2 de Novembro




Hoje farias 68 anos... Onde quer que te encontres... obrigada pela tua VIDA.
Um beijo doce de PARABÉNS.
Tua S


sábado, 1 de novembro de 2008

Não esquecer... pode dar jeito!

Singelas contribuições em Russo

spaciba - obrigado
Kak tie bia zavoot - Como te chamas?
dasfidenia - adeus
poka - adeus


Aguardam-se mais contributos de gente miúda.