quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Transparências III

Passaram-se apenas 6 dias desde a última vez que consegui escrever. Cada um desses dias foram preenchidos com anos de emoções, acontecimentos, angústias e um sem número de pensamentos que se atropelavam cá dentro (e me atropelavam, também). A força de uma notícia despoletou novas dúvidas... medos... A engrenagem, que há muito não parava, foi colocada ao nível acima. E assim vou passando os dias e as noites, num contínuo dispêndio de energias. O cérebro a pedir pausas e o "coração aos pingos". A estrada sempre presente. E as permanentes partidas e chegadas. Acordam lembranças: a emoção de partir do berço-lar para me lançar à vida, atrás do que gosto e do que quero: a História. Crescer por dentro. Conquistar um espaço. Aprender. Mais mudanças e eis que chega um desafio: criar! O tempo passa, vou fazendo as peças desse puzzle, vendo-o ganhar forma. Etapa após etapa saboreio cada conquista, sem parar a obra. Orgulhosa, não deixo de proceder às correcções necessárias, espontâneas ou solicitadas. Invisto em mim. Conquisto um novo espaço... desta vez mesmo meu!... (e da CGD!). Construo relações. Experimento novas partilhas... Depois, as ervas daninhas começam a crescer à minha volta. De dia para dia, espalham as suas raízes e minam o caminho. Impõe-se uma nova partida. Deixar tudo. Agora? Para sempre? Quais as alternativas? E lá me aparece o teu rosto! [Ai a falta que me faz a tua voz...]. E lá fui eu fazer o que tinha de fazer... Recomeçar assusta sempre, pelo menos a mim, mas se tiver de ser, sabes que eu vou. Queria mesmo era ter a certeza que vale a pena acreditar na justiça. Que esta luta será coroada com o sucesso merecido e a miséria humana, pelo menos desta vez, vai perder. Que não são só nos contos de fadas das pequeninas que encontramos finais felizes. Queria conseguir ouvir e acreditar nestas palavras tão tuas: "Vai correr tudo bem! Faz a tua parte e confia." Gostaria de conseguir parar de pensar for a few moments e dar à fragilizada equipa de neurónios uma pausa merecida. Queria ser capaz de estar inteira no aqui e agora. Apetecia-me poder pousar tranquilamente a cabeça no teu colo e dormir um bocadinho.

1 comentário:

fr disse...

Minha pequenina... o tanto que eu tenho pensado o quanto seria bom poderes fechar os olhos e descansar e quando os abrisses já estivesses no final feliz! É uma merda crescer e ter de tomar decisões (responsáveis),mas confio em ti e vai correr tudo bem,mesmo que a miseria humana esteja sempre a puxar.
Tou sempre ao teu lado.
Um beijo e prometo morangoska quando chegar!