quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Transparências IV




Tem-me doído a alma. Acontece-me isto sempre que a angústia se instala. Por vezes, ela parece aquietar-se, mas depois, quando dou comigo a pensar, - este vício... -, acordo o bicho e ela invade-me por completo. À minha frente, a estrada. Ao lado, o lugar onde trabalhaste e para onde as mudanças dos últimos dias me trouxeram. Involuntariamente não posso deixar de questionar esta ironia da vida, que me permite ter agora condições para almoçar contigo e já não haver hipótese. Esta eterna espiral dos ses arrasta-me novamente. Não bastassem as incógnitas do futuro e ainda carrego estes ses que já só pertencem ao passado. Momentos presentes que chegaram tarde demais. E desabo. Outra vez.

Sem comentários: