sábado, 22 de novembro de 2008

sem licença. com surpresa.


"Quando te sentires perdida
Fecha os olhos e sorri.
Não tenhas medo da vida
Que a vida vive por si!"
António Gedeão

é assim mesmo. um repente. sem licença. com surpresa. um acordar assustado. o coração a saltar e a cabeça a mil para resolver um imprevisto que não podia acontecer. alguns minutos e telefonemas depois, a solução. depois, claro, o trabalho... que esse não cansa de se fazer sentir, quando existe. e o envelope à entrada, a recordar-me o enredo, a trama que não se resolve e só parece complicar-se. não o abri. não queria tocar hoje nesse emaranhado de linhas. mergulhei em fichas, planos de aulas, às quais talvez nem venha a faltar. hoje até houve produtividade. [chiuuu! é de espantar, mas nada de euforias...] com o corpo entorpecido [os computadores e secretárias deviam trazer uns pedais!], levanto-me e lá me cruzo, outra vez, com o envelope. abro-o, como quem tem a certeza que está a abrir a caixa de Pandora, tiro a papelada e reconheço os termos legais e os prazos. recordo os dias sem cor, as pressões, o estômago às voltas e as lágrimas travadas. um envelope a mais despertou-me a curiosidade. e foi assim. sem licença. com surpresa. as palavras doces. uma ilustração terna. ambas suspensas num papel cuidadosamente cortado [não por uma guilhotina partida inadvertidamente ;)]. imagino as mãos de quem colou este puzzle: palavras dali, desenho dacolá. e tudo para mim! Hoje, apesar do despertar atribulado, soube a doce de abóbora com requeijão receber este presente! Obrigada!

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