terça-feira, 2 de dezembro de 2008

momentos de paragem


Há nascer, há crescer e há morrer e em cada chegada uma partida... Entre vozes múltiplas ecoam algumas fantásticas que quase rasgam os céus. Estes encontros mexem sempre comigo. O silêncio a pedir espaço. As paragens a revolverem pesos e a desarrumarem bagagens. Uma voz que diz A pensar? Em troca, um sorriso e um sim meio sumido. E o silêncio a implorar espaço. E, de novo, as vozes a embalarem a alma. Música construída nota a nota para momentos em que o silêncio explode. Gente de lugares diferentes. Terras distantes, algumas outrora [e sempre]nossas. Palavras partilhadas. A família é um berço. E de um quarto íntimo surge o meu. Tão completo. Tão doce. Tão feliz. As vozes a preencherem os espaços e a adoçarem-nos o olhar. Partem todos e ficamos, finalmente, a sós. Não te digo, porque sei que sabes. Não te grito, porque sei que ouves. Olhamo-nos apenas. Oiço-te algumas palavras soltas. Não as devolvo. Sabes que não consigo, ainda. Basta-me que nos olhemos, por enquanto.

Mas importa que em cada acontecer haja sempre um caminho para a vida. (S.T.)

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