sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

de coração cheio

O coração cheio. horas a fio de caneta em punho. grelhas. médias. reuniões. a correria que não devia ser do costume. a ansiedade a levedar e a atravessar-se-me na garganta. o descanso ali à frente, como um quase que nunca mais chega. e o calendário a passar e a trazer este mês que ficou mais frio do que já é. e eu sem conseguir parar para aqui te deixar as palavras. não que te façam falta. na verdade, a necessidade é minha. de regressar a um local sem espaço, como se me quisesse sentar junto à pedra, na margem do rio que hoje nos separa. a certeza de estares aí, mesmo que o nevoeiro não me permita ver quase nada. e depois, depois de alguns momentos a sós, só tu e eu, levanto-me mais cheia de ti. às vezes, questiono se não será um fenómeno absurdo. quero lá saber! deixo-te hoje estas palavras. e aqui me sento um pouco, enquanto a água corre a meu lado. Ainda o 17 não havia chegado e já só pensava em ti. Falei com o M. o corpo cansado não impede que o coração se encha de saudades. em cada canto a tua presença. o frio a fazer-me resmungar como fazias. o M. já cá está. aguardamos a chegada do resto de nós! estamos ansiosos. ontem, entre risos e parabéns, disseram-me um até amanhã! fabuloso. daqueles que se dizem raramente. cheio de si próprio: a-t-é-a-m-a-n-h-ã-! tão bom ouvir isto e devolver! Estás feliz, princesa? -Sim! Mas amanhã vais estar mais, não vais? Sim! Se não me fizeres cócegas! Isso é que era bom! Nem penses! -Então, só um minuto! De quê? -De cócegas! Não! Um minuto e meio! -Está bem! Estou aqui, prontinha para cumprir! Como vês continuamos a deixar falar o coração!
um beijo doce

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