sexta-feira, 4 de julho de 2008

transparências II


nós na garganta que não se desfazem nem libertam o sal. sacudo-me mas não sais. dentro de mim, num espaço muito antigo, perto do estômago, sinto o frio. não consigo tocar-lhe, por mais que tente. mas no meio de tanta persistência, lá se escapa uma gota. e prossigo. um bocadinho mais aliviada até que a alma se esvazie de novo e solte mais outra.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ainda que a fotografia seja linda, esta permanencia da lágrima que fica suspensa, cai, não cai, fica sempre ali, é angustiante.
Estou aqui para limpá-la ou deixá-la correr. O que preferires.

beijos mil
M