segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Digam-me que vou acordar!



Depois dos dias salvos eis como uma simples torradinha vem condenar o fim-de-semana, a conta bancária, o ânimo e acordar um medo antigo e incontrolado...


Ainda me faltavam uns quilómetros quando a dor do pequeno-almoço se reanimou. Vai passar, vai passar! Não passou! Cresceu. Pelo retrovisor, vi as lágrimas caírem pela face. Engulo um comprimido. Glup! Chegada ao destino, a dor mais quieta, não impediu que os outros percebessem que algo se passava. Corri para fazer tudo o que tinha de fazer, como se o dia assim terminasse mais cedo.

Ao fim da tarde, alguém me aconselhou uma bomba para as dores!!! E foi! Só o estômago se contorceu e, pela madrugada, lá expulsou o que havia dentro... Consulta de urgência. Um diagnóstico assustador. Um sábado de molho, a querer mimo e canja, sem que os felinos e a Vida se compadecessem.

Um fim-de-semana e três idas ao dentista. Assim de repente, parece-me uma luta desigual...

No meio disto tudo, e colocando de lado o pânico que tenho e não consigo dominar, mais as asneiras que aqui fizeram, alguém me poderá responder a umas questões muitos simples?

1. Por que motivo, assim que entramos no consultório, nos perguntam: Então? Tudo bem?

(Sim! Claro. Vim cá dar uma volta!) ou Então? O que a trás por cá? (Assim de repente... vim fazer as unhas!)

2. Outra dúvida: porque raio é que, depois de nos garantirem que não dói nada, perguntam-nos n vezes, durante o tratamento, se está a doer ou, pior, nos pedem que levantemos a mão, se doer...

3. É mesmo necessário fazerem aquelas perguntas todas, quando temos a boca cheia de instrumentos que NINGUÉM tira para que possamos responder? O que é que sente? Hmmm!!!!

4. Ainda outra: o gajo tem a faca e o queijo na mão, ou, o que é pior, a seringa e a broca. Tem a cara tapada e uns óculos que tornam a situação mais negra. Debruça-se sobre nós e diz: Relaxe! Não custa nada! enquanto diz Pois, pois, isto não está nada famoso...
Por favor... Não há paciência!

1 comentário:

Anónimo disse...

O pior é mesmo a sensação de estar desprotegido, de sentir que deitadas naquelas camas articuladas e com a boca cheia de tubos que nos sorvem, qualquer um pode fazer o que quiser de nós!
beijos doridos M.