domingo, 1 de março de 2009

a duas vozes


Tudo bem? Não.
Não estás contente? Não.
Foi assim tão mau? Foi difícil.
Mas queres outra coisa? Sim.
E vale a pena sentires-te assim? Nem sempre me pergunto se vale a pena sentir isto ou aquilo. Sinto e pronto. Já me conheces um bocado.
E há alternativas? Neste momento, não me parece, mas isso não impede que me sinta rasgar por dentro quando... bem, tu sabes.
Se quero mais? Com certeza!
Se é justo? Talvez não seja, mas quero, ainda assim.
Se já olhei à minha volta? Já. E lamento. Mas isso não minimiza a sensação de invasão...
Se tenho certezas? Sabes que não.
Se estou arrependida? Também não.
Se podia ter sido diferente? Vale a pena pensar nisso? Não creio. De qualquer modo, acredito que foi melhor assim.
Se sei o caminho a seguir? Não sei se alguma vez soube. Muitas vezes, foi a Vida que me empurrou. À força de tanto querer saber o que fazer, de tanto querer ter os pés na terra, os dias nasciam, repentinamente, com cenários diferentes. Procuro não fazer muitos planos.
Se gostei do que construí? Muito.
Se acho que tudo acabou? Tudo não, mas as páginas são viradas e são-me sempre difíceis as separações. De qualquer modo, venham daí mais dias e noites para viver.
Se acho que tenho sorte? Sim. Muita.
O que mais me incomoda? Esta sensação de invasão. Que queres? Sou assim. Prezo o que conquistei e respeito cada peça conquistada com esforço.
Se tenho vontade de gritar? Ui. Tantas vezes... Já terminou o questionário?
Ainda me apetecia conversar mais um pouco.
Não sei se isto é bem uma conversa...
Aborreci-te? Não, mas confesso que estou cansada. Importas-te que conversemos amanhã?
Tudo bem.

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