terça-feira, 14 de abril de 2009

Porque é verdade que "Tudo o que é sólido se dissolve no ar"

Às vezes temos a certeza que temos tudo controladinho, que a coisa, por delicada que seja, corre de forma tranquila, ainda que o coração se sinta apertado. Beijinhos. Mais uma lembrança. Oh! Que giro! És uma chamuça-canussa! (nunca percebi o que isto significa mas é dito com muitas ganas e vontade de abraçar, por isso deve ser bom!). E mais beijinhos, daqueles em que ora dá uma ora dá outra. E abraços. E jantamos. E, quando chegarem, avisem... E tudo intercalado com histórias de gatos, piadas e planos para o Verão. E lá volto, mergulhada nos rostos que tanta falta me fazem e, quando dou por mim, quase estou na Ponte 25 de Abril e nem sei se ali era sítio para fazer inversão de marcha... mas também não interessa. E porque o coração estava pesado, lá passo pelas manas que, diga-se de passagem, hoje me espezinharam um bocado... mas tudo bem... sempre recebi flores! E, finalmente, em casa, no meio do exercício doloroso de fazer a pasta e arrumar a mala, encontro mais um bilhetinho, daqueles todos dobrados, cuidadosamente escrito numa caligrafia infantil, cheia de ternura. Reparo que foi escrito há mais de 24 horas. E pronto, lá leio cada palavra com a delicadeza merecida e, de repente, percebo que a certeza que considerava sólida se estilhaçou em mil partículas. Quando isto acontece, como é que se faz?

1 comentário:

Anónimo disse...

apanham-se todos os pedacinhos que cairam no chão e colam-se co uma ternura infinita e a paciência que só o nosso coração pode ter....
depois...depois recomeça devagar...novamente a acreditar que amanhã será melhor...
as manas adoram-te!
e por isso te oferecem flores...naqueles dias em que a única forma de tentar colar o teu coração às tuas ideias....não é espezinhar...lol...
bjs
N